ATA DA DÉCIMA REUNIÃO
ORDINÁRIA DA SEGUNDA COMISSÃO REPRESENTATIVA DA DÉCIMA SEGUNDA LEGISLATURA, EM
11.02.1998.
Aos onze dias do mês de
fevereiro do ano de mil novecentos e noventa e oito reuniu-se, no Plenário
Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Comissão Representativa da Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e quarenta e cinco minutos foi
realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell,
Carlos Garcia, Clovis Ilgenfritz, João Dib, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Maria
do Rosário e Reginaldo Pujol, Titulares. Ainda, durante a Reunião, compareceram
os Vereadores Fernando Záchia e Paulo Brum, Titulares, e Cláudio Sebenelo,
Henrique Fontana e João Carlos Nedel, Não-Titulares. Constatada a existência de
“quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou a
distribuição em avulsos de cópias da Ata da Oitava Reunião Ordinária e da Ata
Declaratória da Nona Reunião Ordinária, que deixaram de ser votadas face à
inexistência de "quorum". À MESA foi encaminhado: pelo Vereador João
Dib, o Pedido de Informações nº 06/98 (Processo nº 378/98). Do EXPEDIENTE constaram:
Ofícios nºs 56/98, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; 01/98, do
Vereador José Führ, Presidente da Câmara Municipal de Presidente Lucena/RS;
01/98, do Senhor Carlos Gastaud Gonçalves, Presidente da Junta Comercial do
Estado do Rio Grande do Sul - JUCERGS;
02/98, do Vereador Erno Bomm, Presidente da Câmara Municipal de
Derrubadas/RS; 03/98, do Irmão Mainar Longhi, Professor do Instituto de Letras
e Artes da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUC/RS;
07/98, da Vereadora Marília Soares Pinto, Presidenta da Câmara Municipal de
Arroio dos Ratos/RS; 10/98, do Doutor Paulo David Gusmão, Presidente do
Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre - SINDIHOSPA; 15/98, do
Vereador Altivo Rosa dos Reis, Presidente da Câmara Municipal de Osório/RS;
36/98, do Coronel José Dilamar Vieira da Luz, Comandante-Geral da Brigada
Militar/RS; 039/98, do Engenheiro Estilac Xavier, Secretário Muncipal de Obras
e Viação de Porto Alegre; s/nº, da Senhora Wrana Maria Panizzi, Reitora da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS; s/nº, do Vereador Werner
Rempel, Presidente da Câmara Municipal de Santa Maria/RS; s/nº, do Vereador
Liovir Gonçalves de Jesus, Presidente da Câmara Municipal de Monte Alegre dos
Campos/RS; s/nº, do Senhor Carlos Vargas, Presidente, e do Senhor Rafael
Zancanaro de Oliveira, Secretário-Geral, da Executiva Estadual do Movimento da
Juventude Trabalhista - MJT; s/nº, do Senhor Cássio de Jesus Trogildo,
Presidente, e do Senhor Everton Braz, Secretário-Geral, da Executiva Municipal
do Movimento da Juventude Trabalhista de Porto Alegre - MJT; Convites: do
Centro Africano Reino de Iansã, para sua reinauguração; dos Organizadores da 8ª
Festa da Uva e da Ameixa, para o ato de abertura do evento; Cartões: do
Vereador César Roberto Couto de Brito, Presidente da Câmara Municipal de Pedro
Osório/RS; da Senhora Ana Toledo, do Gabinete do Secretário de Estado da
Cultura/RS; Impressos: do Instituto Brasileiro de Administração Municipal
- IBAM, encaminhando seu Noticiário nº 385 de dezembro/97; do Instituto
Brasileiro de Apoio aos Municípios, divulgando os Seminários de Atualização
Administrativa, em Salvador/BA e em Maceió/AL; da Universidade do Vale do Rio
dos Sinos - UNISINOS, divulgando o Seminário Internacional Sociedade Civil na
Era da Globalização, em São Leopoldo/RS; Telegrama: do Vereador Arthur Lira, 1º
Secretário da Câmara Municipal de Maceió/AL; Fax: do Senhor Dagoberto de Lima
Godoy, Presidente da Fundação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul -
FIERGS. A seguir, o Senhor Presidente informou aos Senhores Vereadores que às
dez horas e trinta minutos do dia de hoje seria realizada Reunião do Colégio de
Líderes. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João Dib pronunciou-se sobre a
importância dos Pedidos de Informações como instrumentos de fiscalização deste
Legislativo. Ainda, salientou a
necessidade de que sejam averiguados problemas enfrentados pelos
permissionários do Mercado Público Municipal. O Vereador Reginaldo Pujol, teceu
considerações acerca do veto do Prefeito Municipal ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 129/97, de sua autoria, que dispõe sobre a permissão de uso de
recuo e do passeio público fronteiro a bares, restaurantes, lanchonetes e
assemelhados, para colocação de toldos, mesas e cadeiras. O Vereador Fernando
Záchia manifestou sua surpresa com a justificativa do Prefeito Municipal ao
vetar o Projeto de Lei do Legislativo nº 123/97, de sua autoria, que denomina
Avenida Oswaldo Rolla (Foguinho) um logradouro localizado no Bairro Medianeira.
Após, o Senhor Presidente deferiu Requerimento verbal do Vereador Adeli Sell,
solicitando cópia das notas taquigráficas do discurso do Vereador Fernando
Záchia, com a anuência do Orador. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Carlos
Garcia solicitou ao Secretário Municipal dos Transportes que, principalmente
face à proximidade do reinício do ano letivo,
fosse priorizada a demarcação da sinalização de trânsito frente a escolas,
hospitais e clínicas geriátricas. A Vereadora Maria do Rosário afirmou que os
projetos vetados pelo Executivo Municipal serão devidamente apreciados pela
Bancada do PT e, reportando-se ao discurso do Vereador Carlos Garcia, ressaltou
a importância da questão de sinalização do trânsito em Porto Alegre. Ainda,
registrou o transcurso, ontem, do
décimo oitavo aniversário do PT. O Vereador Cláudio Sebenelo congratulou-se com
o PT pelo seu aniversário. Também, discorreu sobre a necessidade de solucionar
o problema dos alagamentos no Município de Porto Alegre e manifestou seu
repúdio à invasão de manifestantes no Congresso Nacional, em Brasília. A
seguir, o Senhor Presidente deferiu Requerimento verbal da Vereadora Maria do
Rosário, solicitando fosse realizada a distribuição de documentação relativa à
a rede de esgotos do Município de Porto Alegre. Ainda, o Vereador Cláudio
Sebenelo formulou Requerimento verbal
solicitando aparelho de vídeo para demonstração de matéria sobre o Arroio
Dilúvio. Na ocasião, os Vereadores Maria do Rosário e Cláudio Sebenelo
manifestaram-se a respeito do Requerimento
do Vereador Cláudio Sebenelo. Às dez horas e trinta e quatro minutos, nada mais
havendo a tratar, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convidando os Senhores Vereadores para a Reunião do Colégio de Líderes, a ser
realizada a seguir, e convocando-os para a Reunião Ordinária de amanhã, à hora
regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Luiz Braz, Clovis
Ilgenfritz e Juarez Pinheiro e secretariados pelos Vereadores Juarez Pinheiro e
Adeli Sell, este como Secretário "ad hoc". Do que eu, Juarez
Pinheiro, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após
distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. João Dib está com a palavra em Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
DIB: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores. O pedido de informação é a arma que tem o Vereador
para fazer com exação, com tranqüilidade, a sua missão de fiscalizar o
Executivo. Eu tenho dito muitas vezes que mais importante do que fazer leis, é
fiscalizar o cumprimento da lei. E o Executivo não é tão transparente quanto se
pretenda que seja, quanto deveria ser, quanto se anuncia como sendo. O Executivo
não é nada transparente.
O Pedido de Informação que
foi lido agora não haveria necessidade de ser realizado, se tivesse sido
cumprido o disposto na Lei das Licitações. Deveriam estar, todas essas
perguntas que foram formuladas, informadas na forma da própria lei. O convênio
deveria ter chegado à Câmara Municipal tão pronto ele foi assinado no dia 26 de
dezembro, valendo a partir do dia 23 de dezembro.
Mas como este é o momento de
se falar sobre o Pedido de Informação, eu também vou fazer um novo Pedido de
Informação, porque o Mercado Público está com problemas. Nós temos uma
Secretaria Municipal de Indústria e Comércio, vejam bem, Indústria e Comércio.
O que deve a Secretaria Municipal de Indústria e Comércio fazer? Incentivar as
atividades da indústria e do comércio. Deve facilitar as atividades da
indústria e do comércio. Mas parece que a Secretaria pensa de modo diferente.
Uma licitação aconteceu no fim do ano passado, e se dizia que centenas de
pessoas estavam interessadas na locação das salas do alto do Mercado, mas
parece que não era verdade, porque até agora ninguém se instalou nas novas
salas. Também, a Secretaria de Indústria e Comércio, na licitação, colocava a
venda das chaves das salas: oito mil reais. Aluguéis acima dos de mercado. Por
isso, talvez não tenham comparecido interessados na locação das salas.
Mas, enquanto não há
interessados na locação das salas, os custos do condomínio recaem sobre aqueles
que lá estão instalados e passando sérias dificuldades. No Pedido de
Informações, eu vou querer saber quantos trocaram de ramo, quantos foram
reduzidos nos espaços que tinham, quantos ficaram pagando aluguel enquanto as
bancas estiveram fechadas. Por que a Prefeitura pretendeu aumentar os aluguéis
em 88% quando, na praça, em Porto
Alegre, se vê o aluguel baixando? Por que a Prefeitura, através da Secretaria
Municipal da Indústria e Comércio, não procura uma solução para os
inadimplentes, e por que não loca todos os espaços vazios, até para atrair mais
gente para o Mercado?
O Secretário de Indústria e
Comércio está de férias; ele é humano. A Câmara também está em recesso, mas,
todas as quartas e quintas-feiras estão reunidos os Vereadores, aqui, buscando
solução para os problemas de Porto Alegre.
Então, eu penso que o
Secretário há de responder um extenso Pedido de Informações, porque a situação
no Mercado não é boa. As coisas não estão funcionando bem, as instalações
elétricas não são boas, levaram oito ou nove anos fazendo reforma no Mercado,
recolheram o dinheiro dos permissionários, e estes são tratados, por alguns
ângulos, como simples proprietários de negócios, como simples empresários. E,
por outro lado, eles são tratados, quando interessa à Secretaria, como
permissionários: não têm direito ao seu ponto, não podem transferi-lo; e alguns o transferem, não se
sabe como.
Então é preciso, através do
Pedido de Informação, a arma que o
Vereador tem para fiscalizar o Executivo Municipal, tomar conhecimento daquilo
que o Secretário não tem mostrado a esta Casa.
Mas eu tenho certeza de que
o Secretário, José Luiz Morais, volta agora, revigorado pelas férias. Espero
que ele não utilize este vigor contra os permissionários, pois alguns estão lá
há trinta, quarenta ou cinqüenta anos. Tenho certeza de que vamos encontrar uma
solução para um problema que é de todos. Saúde e paz! Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, estamos, praticamente, concluindo o
período de recesso parlamentar. Já na segunda-feira próxima, aqui estaremos
reunidos, na nossa constituição plena, com o restabelecimento da normalidade
das atividades, na medida em que se iniciará uma nova Sessão Legislativa
Ordinária deste Legislativo. Na reabertura dos trabalhos da Casa, certamente,
haverá de predominar discussões acerca dos vetos que, de forma
não-parcimoniosa, o Sr. Prefeito Municipal ofereceu a vários projetos de origem
legislativa.
Eu confesso que,
particularmente com relação ao Projeto de nossa autoria, que permite o uso dos
recuos para utilização de mesas nos bares e restaurantes da Cidade, tenho tido
uma dificuldade muito grande para explicar às pessoas que nos consultam quais
os fundamentos do Veto do Sr. Prefeito Municipal. Alertado pelo Ver. Juarez
Pinheiro de que existiria uma possibilidade de entendimento em torno desse
assunto, e que essa seria, inclusive, a vontade expressa até mesmo pelo Sr.
Secretário Municipal da Produção, Indústria e Comércio. Tenho dito - eu, que,
às vezes, peco pela ingenuidade, porque acredito nas coisas - que houve um
grande mal-entendido no processo - e os fundamentos do Veto nos autorizam a
raciocinar dessa maneira -; e que nós nos encaminhamos para um tipo de solução,
eis que, inclusive, como disse ao Ver. Juarez Pinheiro, - e até acho que sobre
isso me referi à Líder do PT, Vera. Maria do Rosário - eu não tenho sequer a pretensão de, nesse assunto, manter
qualquer prioridade ou privilégio de ter sido o proponente da matéria, porque
não é esse o ângulo que me ocupa. Me ocupa, isso sim, o ângulo de ver
disciplinada de uma vez por todas uma situação que, ao longo do tempo, tem sido
uma constante em Porto Alegre. Eu estive na Secretaria da Produção, Indústria e
Comércio no verão de 1978, e já lá me deparava com o assunto das tradicionais
licenças que, ano após ano, o Município de Porto Alegre concede para que se
instalem essas mesas nos locais onde entendíamos consertado, através da
autorização legal contida na lei.
O que me empolga no assunto
- e não precisa ser assegurada a paternidade a quem quer que seja, pois não sou
dono dessa idéia que me foi trazida, me foi reavivada na mente por pessoas
diretamente interessadas -, e lembraria a quantos sobre o assunto terão que
opinar, em breve, que raramente houve uma manifestação tão consistente num
fórum de apoio a um Projeto de Lei nesta Casa, como neste caso.
Em função de que li hoje no
jornal manifestação nesse sentido, na página três da "Zero Hora",
quero dizer aos Vereadores do Partido dos Trabalhadores, especialmente àqueles
que me acompanharam na votação - e foi a grande maioria da Bancada -, que eu
estou tranqüilo, aberto a qualquer tipo de diálogo. Da minha parte facilitarei
tudo, e já disse que se necessário abrirei mão da autoria do Projeto a quem quer
que promova a vinda de um novo projeto, semelhante, que cumpra essas
finalidades. Eu estarei aqui ajudando a compor essa situação. Aguardaremos que
o diálogo possa proceder-se com a eficácia e a serenidade necessária, para que também esse assunto não caia em um martírio das indefinições em que a
teimosia de alguns, às vezes, fazem com que problemas importantes
da Cidade fiquem prolongadamente em
discussões e sem solução. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PPRESIDENTE: O
Ver. Fernando Záchia está com a palavra em Comunicação de Líder.
O SR. FERNANDO
ZÁCHIA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores. Foi com surpresa que recebi a notícia de que o
Prefeito Raul Pont vetou o Projeto que alterava o nome da Av. Cascatinha para
Av. Osvaldo Rolla. Talvez a surpresa não tenha sido no ato do Veto, mas as justificativas do Veto é que
me deixaram, talvez, até estarrecido. Diz o Prefeito nas razões do Veto: “Por
ser inorgânico e contrário aos interesses públicos”. Ora, inorgânico é se o
Prefeito estiver desinformado, o que é possível. O mesmo Prefeito, que é nesse
assunto desinformado, endereça a esta Casa uma correspondência datada do dia 15
de janeiro de 1998, justificando as razões do Veto e endereçando essa
correspondência ao DD. Presidente desta Casa, Sr. Ver. Clovis Ilgenfritz da
Silva. O Prefeito é desinformado, porque no início de janeiro esta Casa já elegia o Ver. Luiz Braz como
Presidente da Câmara. Então mostra claramente que é desinformado. E desinformado
é quando diz, quando alega que a inorganicidade
decorre da infração do art. 99 da Lei Orgânica Municipal porque a troca de
logradouros públicos deve ser precedida de um plebiscito. Eu e o nobre Ver.
Juarez Pinheiro discordamos durante o processo. Busquei, orientado pelo Ver.
Juarez Pinheiro, informações junto à Secretaria Municipal de Planejamento
perguntando a essa Secretaria se a Av. Cascatinha era a denominação oficial,
através de decreto do Executivo ou Legislativo. Dentro desse processo, a
Secretaria diz claramente que não é, que não existe nenhuma denominação
oficial, portanto, ela é uma avenida cadastrada, porque tem estrutura viária.
Todas as ruas de Porto Alegre que têm estrutura viária, que tem esgoto,
calçamento, são avenidas cadastradas, mesmo independentemente do nome. Muitas
delas têm a denominação de avenida 1, avenida B, avenida E, avenida F, e nós
colocamos, aqui, o nome nessas avenidas cadastradas, mas não oficiais. Então,
deveríamos - isso é importante que se informe ao Prefeito - fazer o plebiscito se houvesse a troca de
uma denominação oficial. As pessoas que fizeram esse documento deveriam ter
orientado o Prefeito Municipal. O Prefeito Municipal na segunda razão do Veto
Total diz que é contrário ao interesse público. Eu tenho dificuldades de
entender - e aqui quem fala é um colorado, ex-Vice-Presidente do Internacional,
Conselheiro do Clube - porque fiz questão de homenagear um grande gremista, uma
grande pessoa da Cidade de Porto Alegre, um homem que projetou esta Cidade para
o Brasil, para o mundo através das suas atividades profissionais, que eram
voltadas ao futebol. Então, dizer que homenagear uma rua com o nome de Osvaldo
Rolla é contrário ao interesse público é uma falta de sensibilidade. Talvez o
Prefeito queira dizer que seria contrário ao interesse público a alteração de
uma denominação; isso é outra questão. Mas deixar de denominar uma rua que pode
ser consagrada, mas que não é oficial, com o nome de uma pessoa que é
consagrada e que passará a ser oficial, isso não pode ser contrário ao
interesse público. O desinformado Prefeito, quando assina essa correspondência,
diz ainda que deveriam ter sido ouvidos os moradores da região. Ora, Prefeito,
se V.Exa. conhece a Av. Cascatinha sabe que ela tem um único prédio, com 6
apartamentos. Nós tivemos o cuidado de pegar a assinatura de 5 moradores,
porque um apartamento está para alugar, e mais a assinatura de 100 ou 200
moradores da região. Então, todos os moradores da Av. Cascatinha concordaram,
através do abaixo-assinado. O nosso Prefeito tem que ter, no mínimo, boa
informação. Quando manda uma correspondência, ele tem que saber a quem
dirigi-la, ao Presidente da Câmara, Ver. Luiz Braz e não Clovis Ilgenfritz, e
tem que ter o cuidado quando assina as suas correspondências. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. ADELI
SELL (Requerimento): Eu requeiro, se possível, as notas taquigráficas do pronunciamento do
Ver. Fernando Záchia.
O SR.
PRESIDENTE: Já
foram colocadas à disposição de V.Exa.
O Ver. Carlos Garcia está
com a palavra em Comunicação de Líder.
O SR. CARLOS
GARCIA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, na próxima
semana, algumas escolas particulares começarão o seu ano letivo, e daqui a duas
semanas a totalidade das escolas. A Prefeitura Municipal, através da Secretaria
Municipal dos Transportes, começou a pintar algumas faixas de segurança. Nós
vamos fazer uma solicitação ao Secretário Municipal dos Transportes para que
priorize as escolas de Porto Alegre, bem como os hospitais e clínicas
geriátricas. No nosso entendimento, esses três setores devem ser priorizados.
Primeiro, quanto à questão das escolas, é um bom momento para que todas as
escolas do Município - sejam elas municipais, estaduais ou privadas - possam
discutir com os seus alunos o novo Código de Trânsito porque a criança é uma
das melhores maneiras de chegarmos aos adultos. Portanto, a Secretaria
Municipal de Transportes terá uma boa oportunidade. Segundo, por que os
hospitais? Porque próximo aos hospitais, as pessoas que se dirigem a eles, têm
dificuldades de locomoção. Mais do que nunca, então, solicitamos que os
hospitais sejam privilegiados.
Em terceiro, pelo mesmo
motivo, as clínicas geriátricas. Nós sabemos que ao longo deste ano milhares de
faixas de segurança terão que ser pintadas. E o próprio Secretário Bertotto
solicitou à população que aqueles que notarem faixas que não estão pintadas ou
com péssima manutenção que telefonem para a Secretaria Municipal dos
Transportes através do telefone 158.
Gostaríamos de enfatizar que
o Secretário Municipal dos Transportes priorize escolas, hospitais e clínicas
geriátricas. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: A
Vera. Maria do Rosário está com a palavra em Comunicação de Líder, pelo PT.
A SRA. MARIA
DO ROSÁRIO:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, a Liderança do PT tem cinco minutos e muitas
questões para responder.
Primeiramente, sobre a
questão dos vetos é fundamental dizer que estamos absolutamente abertos à
negociação e ao diálogo. Já estamos estabelecendo uma agenda com o Ver.
Reginaldo Pujol para o estudo das questões que foram vetadas nos projetos de
sua autoria.
Quero destacar que, em meio
aos projetos, um projeto de um colega da nossa Bancada, do Ver. João Motta,
também estamos trabalhando e tratando cada um dos projetos a partir das razões
do Executivo, entendendo a importância que tem debatermos o tema, a matéria, o
mérito com cada Vereador; mas, também a legalidade e a oportunidade do
exercício. A Lei, como muitas vezes se diz neste Plenário, precisa ser clara e
precisa ter aplicabilidade, praticidade na vida do cidadão. Sobre essas questões estamos absolutamente
abertos ao debate, inclusive, fazendo agendas com as Secretarias para que elas
próprias possam trabalhar as soluções em função das propostas dos Srs.
Vereadores.
Mas quero dizer ao Ver.
Carlos Garcia, que esta verdadeira operação de volta às aulas é fundamental
para nós. Nós queremos que o trânsito de Porto Alegre esteja redimensionado,
com capacidade para o atendimento, priorizando as escolas e faremos essa
observação acerca das clínicas geriátricas, dos espaços propostos pelo Ver.
Carlos Garcia, de quem já solicito as notas taquigráficas para que possamos
encaminhar à Secretaria Municipal dos Transportes. Essa dinâmica e o nosso trabalho permanente na Câmara faz com que
mais atenção tenhamos para a pauta estabelecida para o conjunto dos
trabalhadores.
Em particular, quero pedir
licença para fazer o registro do aniversário dos 18 anos do PT. Em Porto
Alegre, ontem, comemoramos na nossa sede municipal com toda a população da
nossa Cidade que elegeu o PT para a terceira Administração Popular, e que
confia no projeto político-partidário apresentado pelo Partido dos
Trabalhadores. Na verdade o PT se fortalece todas as vezes em que estamos
atuando, não somente como Vereadores e representantes dentro do Parlamento, ou através
da nossa ação administrativa na nossa Cidade, mas quando estamos no próprio
movimento popular, contribuindo para a popular frente ao projeto tão duro, que
penaliza somente os trabalhadores e que está sendo aplicado em nível nacional.
Faço o meu pronunciamento de
protesto veemente sobre o que vemos
hoje no Congresso Nacional. Vejam os senhores que o Parlamento Brasileiro está
cercado, o Presidente da Câmara dos Deputados convocou todas as polícias, as
milícias, mais de 300 funcionários de segurança para impedir o acesso dos
trabalhadores ao Plenário. Chamo a atenção ao depoimento do Presidente da
Câmara dos Deputados Dep. Michel Temer, onde diz que o debate sobre
a Reforma da Presidência diz respeito somente aos Parlamentares e aos
Deputados, não aos populares - manifestação feita, ontem, na Folha de São
Paulo. Ora, senhores, a Reforma da Previdência modifica completamente a vida de
cada um dos trabalhadores brasileiros. É preciso que se abra os ouvidos, a
mente e o coração para o que nos dizem há anos os aposentados. Constituímos o
Brasil a partir da Constituição de 1988, com a noção clara do que deve ser a
Seguridade Social. Lamentavelmente, mesmo após ter garantido na Lei a
Constituição, reconhecida pelos avanços conquistados a partir da luta dos trabalhadores,
especialmente na questão da previdência, compreendida pela seguridade social,
os governos que de lá para cá se sucederam não estabeleceram qualquer mudança
para conseguir reverter a sangria de recursos, tudo o que sai, todos os dias,
todos os meses, todos os anos de dentro da Previdência. Agora se faz o discurso
de que a Previdência é inviável. É importante que se diga que a Previdência no
Brasil paga mais de dezesseis milhões de benefícios mensais - sendo cerca de
cinco milhões de trabalhadores rurais e onze milhões de trabalhadores urbanos
-, mas sessenta e sete por cento dos trabalhadores que são segurados da
Previdência recebem até um salário mínimo. Não há seriedade no Projeto do
Governo e como trabalhadores, e representantes do Partido dos Trabalhadores,
nós precisamos denunciar o desvio permanente de recursos de dentro da
Previdência, a violência que cometem contra o conjunto dos trabalhadores e
contribuirmos ainda mais, reforçados pelos dezoito anos do PT, para que a
população se mobilize e defenda os seus direitos.
Essa é a nossa pauta
permanente e ao lado das respostas que precisamos dar para as questões dos
Municípios não temos medo de desafiar o Governo Central para aquilo que é do interesse do povo
brasileiro, e, portanto, dos trabalhadores de Porto Alegre. Muito obrigada.
(Não revisto pelo oradora.)
O SR.
PRESIDENTE:
O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra em Comunicação de Líder.
O SR. CLÁUDIO
SEBENELO: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, congratulamo-nos com o PT, pela passagem do seu
aniversário e pela importância do Partido dos Trabalhadores - o Ver. João Dib
diz que falo por ele também. Um abraço à Bancada do PT aqui tão bem
representada. É importante dizer que não só no dia do aniversário, mas no dia a
dia o PT tem ocupado um espaço muito importante na nossa política e tem demonstrado para a população
brasileira que se faz política de baixo para cima, com a base fazendo o seu
papel importante.
Ontem, à noite, participei
de um debate na televisão com o Dr. Vicente Rauber, pessoa digna e competente,
que faz um trabalho hercúleo na tentativa de remediar mais de cem focos de
alagamentos em Porto Alegre e, principalmente, tornar respirável, tornar
tragável as condições intragáveis e, dentre os nossos cursos d'água, o arroio
Dilúvio. O que me impressiona é que o pensamento passado para os
telespectadores, para os debatedores e para as pessoas da comunidade, que
participaram intensamente do debate é a idéia de que está tudo bem, quando, na
verdade, não há um projeto para a Cidade de Porto Alegre em relação aos esgotos
pluviais, em relação aos seus recursos naturais. Há, indiscutivelmente,
problemas, e os problemas advindos das condições atmosféricas nós aceitamos. O
que não aceitamos é a reiteração. O que é incompreensível é que não tenham sido
solucionados os problemas, já estando a Administração Popular no seu décimo ano
de governo, sem que haja princípio, meio e fim, sem que haja um projeto que
resolva também os problemas particularizados e os problemas focais. Esse é o
nosso desejo e o desejo da população. Essa denúncia que se faz é sempre no
sentido de ajudar a Cidade de Porto Alegre na solução de problemas graves como
esse.
Quero informar à Vera. Maria
do Rosário que hoje existe um aparato de segurança em volta do Congresso,
porque as cenas que vimos na televisão - e ele é preventivo - fizeram com que
as autoridades tomassem esse tipo de providência, porque não há nada mais
antidemocrático do que a invasão de um Plenário e do Congresso Nacional. E isso
seria rebatido de uma outra forma. Existe um caminho democrático chamado
"Justiça". Quem não está de acordo que vá para a Justiça, impetre
mandados. Há uma série de instrumentos legais para isso, para a serenidade das
pessoas que estão debatendo. E o fórum de debates é hoje, indiscutivelmente, o
Congresso Nacional, que é também democracia. Lá, as pessoas estão pelo voto. É
fundamental que as pessoas entendam que o dispositivo de segurança não é
repressivo, ele pode ser preventivo. E muito mais do que isso: ele é uma medida
de segurança para aquelas pessoas que pensam que, através da força, da pressão,
vão demover as pessoas do seu voto, que muitas vezes, é até contrário aos seus
interesses, porque o contraditório faz parte da democracia. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA. MARIA
DO ROSÁRIO (Requerimento): Sr. Presidente, nós trouxemos um material do Departamento de Esgotos
Pluviais - e também outros materiais que nós gostaríamos que fosse distribuído;
e trouxemos, inclusive, várias argumentações. Como o Ver. Sebenelo se inscreveu
depois, esta Vereadora não terá condições de contra-argumentar as questões que
ele tem levantado sobre o arroio Dilúvio. Gostaria de requerer à Presidência a
possibilidade de a nossa assessoria de Plenário distribuir esses materiais.
O SR.
PRESIDENTE: Acredito
que não há nenhum problema para a distribuição desses materiais, já que estamos
aqui para fazermos o nosso debate e esclarecimentos que forem necessários.
O SR. CLÁUDIO
SEBENELO (Requerimento): Sr. Presidente, não quero se inoportuno, mas solicitaria à Mesa, se
fosse possível, que providenciasse um aparelho de televisão e um vídeo cassete
para que nós pudéssemos mostrar aos Srs. Vereadores o que temos sobre o arroio
Dilúvio, e que penso ser altamente ilustrativo.
O SR.
PRESIDENTE: Nós
vamos ter duas oportunidades para isso. Nós solicitamos que os aparelhos de
televisão e de vídeo ficassem permanentemente instalados no nosso salão de
reuniões. Então, hoje, poderemos ter essa oportunidade. Amanhã, se V.Exa. assim
o quiser, nós podemos solicitar aos nossos técnicos que coloquem aqui no
Plenário, os aparelhos de televisão e vídeo, pois, também, amanhã teremos a
Comissão Representativa, a partir das 9h30min. A escolha do dia fica a critério
de V.Exa.
O SR. CLÁUDIO
SEBENELO: Sr.
Presidente, amanhã estarei impossibilitado de fazê-lo. Preferiria o dia de
hoje.
O SR.
PRESIDENTE: Assim
que sairmos daqui, vamos ter uma reunião com a Presidência e com a Mesa e com
os outros Vereadores para tratarmos dos assuntos da Casa para este ano. Então,
poderemos assistir ao seu vídeo.
O SR. CLÁUDIO
SEBENELO: Muito
obrigado pela compreensão.
A SRA. MARIA
DO ROSÁRIO: Sr. Presidente, na verdade nada a opor. Nós
estamos bastante interessados e precisamos ver o vídeo do Ver. Cláudio Sebenelo
para podermos responder às questões que estão ali apresentadas como
responsabilidade nossa. No entanto, V. Exa. convocou uma reunião para
Lideranças e Mesa para às 10h30min. A Bancada do PT tem dois representantes na
Mesa Diretora, que são da Comissão Representativa, e mais esta Vereadora que
deverão participar dessa reunião. Agora são 10h27min. Vemos alguma dificuldade,
neste momento, de vermos o vídeo e podermos responder às questões, porque já
trouxemos parte das respostas frente às afirmações que o Vereador fez na
reunião anterior. Sr. Presidente, também
não queremos ficar prejudicados na nossa possibilidade de intervenção
sobre o tema. Não queremos somente ver o vídeo, nós queremos debatê-lo.
O SR.
PRESIDENTE:
Vera. Maria do Rosário, a nossa reunião de Lideranças e de Mesa acontecerá no
término desta Reunião da Comissão Representativa. Pedimos, inclusive, à
Diretoria Legislativa que não colocasse nenhuma matéria para ser debatida dentro
da Ordem do Dia, exatamente porque precisaríamos de tempo para fazermos a nossa
reunião com Lideranças e Mesa. Então, quando sairmos daqui, todos nós vamos
para o salão de reunião e, se o Ver. Cláudio Sebenelo assim o quiser, ele
poderá apresentar lá o vídeo que ele tem produzido.
A SRA. MARIA
DO ROSÁRIO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, e este período destinado ao vídeo do
Ver. Cláudio Sebenelo será considerado dentro do tempo regimental da reunião?
Porque, enfim, eu gostaria de tempo para contrapor e apresentar os dados que
pesquisei nos últimos dias acerca da questão. E aí, se o Vereador apresenta um
vídeo, eu quero o mesmo tempo, ou algum tempo regimental, para
poder responder às questões; temos inclusive a assessoria do DEP aqui,
hoje, para podermos responder às questões, para fazermos um diálogo. V. Exa.
destinará tempo a esta Vereadora?
O SR. CLÁUDIO
SEBENELO (Esclarecimento): Informo, Sr. Presidente, que o vídeo é de dez minutos.
O SR.
PRESIDENTE:
Se o Ver. Cláudio Sebenelo assim o quiser. Assim como eu concedi para a
Vereadora que pudesse distribuir o seu material aqui na Casa, estou concedendo
ao Ver. Cláudio Sebenelo que possa apresentar o seu vídeo no início da nossa
reunião de lideranças e Mesa, e outros Vereadores que assim o quiserem.
Passamos às
COMUNICAÇÕES
O Ver. Renato Guimarães está com a palavra. Ausente. Ver. Reginaldo
Pujol. Ausente. Ver. Paulo Brum. Desiste. Vera. Maria do Rosário. Desiste. Ver.
Luiz Braz. Desiste. Ver. Juarez Pinheiro. Desiste. Ver. João Dib. Desiste. Ver.
Fernando Záchia. Desiste. Ver. Clovis Ilgenfritz. Desiste. Ver. Carlos Garcia.
Desiste. Ver. Adeli Sell. Desiste.
Nada mais havendo a tratar,
estão encerrados os trabalhos desta Reunião Representativa, e convocamos os
Srs. Líderes, os Vereadores que fazem parte da Mesa e os demais Vereadores para
participarem de uma reunião no Gabinete da Presidência.
(Encerra-se a Reunião às
10h34min.)
* * * * *